Com o avanço das transações digitais, os golpes financeiros se tornaram uma ameaça constante. Recentemente, o Brasil registrou 1.119.316 tentativas de fraude evitadas em fevereiro de 2025, ou seja, uma tentativa a cada 2,2 segundos. Além disso, um terço da população brasileira foi alvo de algum golpe nos últimos 12 meses, o que exige atenção redobrada.
Em comparação com o ano anterior, houve um crescimento de 37,4% nas tentativas de fraude. Esse aumento reflete não apenas o volume maior de ataques, mas também a sofisticação dos criminosos, que exploram técnicas de engenharia social e ferramentas digitais avançadas.
Entre julho de 2024 e junho de 2025, 24 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes via PIX ou boletos, com prejuízos que somam R$ 29 bilhões. Globalmente, as perdas podem chegar a US$ 400 bilhões em 2025, impulsionadas pela expansão da digitalização e pelo uso de engenharia social hiperpersonalizada.
Os criminosos exploram diferentes meios para enganar suas vítimas, adaptando-se às novidades tecnológicas e aos comportamentos online. Conhecer essas práticas é o primeiro passo para se proteger.
Além disso, o roubo ou furto de celulares aumenta em 3,7 vezes o risco de fraudes subsequentes, pois facilita o acesso a apps bancários e contatos.
Confira a distribuição aproximada das principais fraudes e sua frequência entre as vítimas:
Os números revelam como os ataques financeiros se concentram em métodos que parecem rotineiros, mas são manipulados por golpistas.
Entre 26 e 50 anos, as pessoas concentram 59,5% das ocorrências. No entanto, todos os grupos etários estão vulneráveis. À medida que a população adota mais serviços digitais, a superfície de ataque se expande.
Surpreendentemente, as classes socioeconômicas mais elevadas também apresentam altos índices de incidência, pois realizam maior número de transações online e expõem mais dados.
O Sudeste concentra 47,2% das fraudes, com São Paulo liderando. Mas o Norte e o Nordeste registraram os maiores aumentos percentuais, mostrando que a expansão das redes digitais em regiões antes menos conectadas traz novos riscos.
Os scammers utilizam inteligência artificial em larga escala para criar perfis detalhados das vítimas, montando mensagens que simulam comunicações legítimas de bancos e empresas de confiança.
Além disso, operações sofisticadas funcionam como linhas de produção: compra e aluguel de dados vazados permitem ataques em massa e com alto índice de sucesso.
As fraudes geram consequências financeiras e emocionais duradouras. Vítimas podem enfrentar endividamento, perda de bens e abalo psicológico, além de sofrerem com a burocracia para estornar valores.
Para empresas, o prejuízo vai além do montante financeiro. A reputação é impactada, clientes perdem confiança e cresce a necessidade de investir em sistemas de segurança robustos.
Adotar hábitos simples no dia a dia pode reduzir drasticamente as chances de cair em um golpe. Confira orientações essenciais:
Além disso, compartilhar o conhecimento com familiares fortalece a rede de proteção, pois golpistas também exploram vítimas próximas para ampliar seus lucros.
As fraudes evoluem rapidamente, incorporando novas técnicas e tecnologias. O percentual de tentativa de golpes aumentou de 33% para 38% entre setembro de 2024 e março de 2025, mostrando a necessidade de educação digital constante.
Empresas e usuários devem investir em ferramentas avançadas de segurança, como análise comportamental e aprendizado de máquina, além de manter processos de verificação biométrica.
Identificar e prevenir golpes financeiros é um esforço coletivo. Ao adotar práticas seguras e promover a cultura de vigilância, cada pessoa contribui para um ambiente digital mais protegido.
Mais do que tecnologia, precisamos cultivar uma cultura de vigilância e prevenção, compartilhando informações e apoiando aqueles que enfrentam as consequências de fraudes.
Referências